A palavra Zodíaco provém da antiga língua grega e significa círculo de animais. Trata-se de um sistema astrológico que vem sendo utilizado desde muito antes de Cristo para facilitar nossa busca pelo autoconhecimento e entendimento. Touro é o segundo na sequência do círculo astrológico e admite-se duas versões mitológicas para a origem de sua constelação. No segundo post da nossa série sobre a mitologia do Zodíaco pretendo explorar cada uma delas. Acompanhe.
A versão de Europa
Europa era uma formosa jovem da família real de Sídon, na Fenícia. Filha do rei Agenor e irmã do rei Cadmo de Tebas, a princesa era conhecida por seus inúmeros talentos e prodigiosa beleza.
Inevitavelmente, acabou atraindo sobre si os olhares divinos. Zeus apaixonou-se perdidamente por ela, mas não podia tomá-la para si devido a constante vigilância e ciúmes de Hera. Para tentar enganar a esposa, Zeus decidiu se transformar em um glorioso touro branco e se aproximar de sua amada na primeira oportunidade que tivesse.
Europa o viu enquanto catava conchinhas do mar na praia com suas aias. Ficou encantada com a beleza do animal e ainda mais com sua mansidão quando ela se aproximou para acarinhá-lo. O pelo macio parecia escorrer como seda por entre seus dedos e os olhos mansos do touro acabaram por lhe dar a coragem que ela precisava.
Seduzida, Europa montou nas costas do touro e deu a Zeus a oportunidade que ele precisava. O animal ergueu-se com um rompante e começou a correr em alta velocidade em direção ao mar. Tudo que a princesa pode fazer foi olhar para trás tomada pelo desalento, sem entender porquê aquilo havia lhe acontecido e temendo o destino que ainda era incerto.
A corrida só cessou quando os dois chegaram a Creta. Zeus depositou a jovem sob um plátano e, tomando a forma de uma águia, violentou-a. Europa concebeu três filhos naquele dia e os chamou de Minos, Radamanto e Sarpedão. Criou as três crianças sozinha durante muito tempo, mas depois casou-se com um homem gentil que adotou seus filhos e os dois posteriormente se tornaram os reis de Creta.
Alguns anos depois, Zeus tornou a revê-la, mas não usou nenhum disfarce dessa vez. Foi a vez de Europa apaixonar-se perdidamente por ele e o buraco em seu coração deixado pelo deus nunca se fechou depois da partida do mesmo. Europa começou a definhar de amor e morreu pouco tempo depois. Comovido pela morte da mulher que um dia tanto amara, Zeus gravou um touro nas estrelas do céu para que sempre pudesse lembrar dela.
Minos era um príncipe jovem e muito ambicioso. Por ter sido o último de seus irmãos a nascer, temia nunca ter o direito de assumir o reino de Creta e para assegurar o seu direito ao trono fez um acordo com o deus Poseidon.
O deus aceitou a proposta e algumas semanas depois o pai e os irmãos mais velhos de Minos morreram em um desastre marinho que deixaram o príncipe como o único governante possível de seu povo. Em troca, Poseidon fez um belissímo touro branco surgir das ondas e exigiu que ele fosse sacrificado. Diante da beleza do animal, Minos se sentiu incapaz de matá-lo e preferiu conservá-lo, sacrificando outro touro qualquer do rebanho real para tentar enganar o deus.
Poseidon ficou tão furioso que decidiu se vingar de maneira cruel. Confederou com Afrodite, a deusa do amor, e a convenceu a fazer com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro e esquecesse de seu marido. A maldição caiu com uma luva e a ingênua rainha foi incapaz de conter sua paixão, mantendo relações sexuais com o touro.
Outra versão nos conta que Pasífae era a mulher mais bonita de Creta naquela época e por causa disso Zeus se apaixonou por ela. Como os bois eram os animais favoritos da rainha, Zeus se transformou em touro e a violentou. Independentemente da versão escolhida, Pasífae deu à luz a uma terrível criatura metade homem e metade touro alguns meses depois. A horrenda a criança recebeu o nome de Asteríon a princípio e quando cresceu ficou conhecida como Minotauro (Touro de Minos).
A visão de seu deformado filho se tornou tão pavorosa para Minos que ele pediu que o grande arquiteto Dédalo construísse um gigantesco labirinto sob o palácio real para aprisionar a criatura. O Minotauro ficou confinado lá até sua morte e várias canções da época cantavam sobre sua selvageria e o terrível hábito de se alimentar de carne humana.
O Minotauro não foi o único filho de Minos e Pasífae. A rainha ainda deu a seu marido mais dois filhos: o valente Androceu e a gentil Ariadne. Androceu foi morto pelos atenienses e Minos começou a exigir o sacrifício anual de sete jovens e sete donzelas para alimentar o Minotauro ou libertaria a fúria do monstro sobre a cidade de Atenas.
Em meio a terceira leva de jovens escolhidos como sacrifício estava Teseu. Teseu era ainda muito jovem, mas já era dono de uma valentia que ninguém possuía. Anunciava aos quatro ventos que mataria o terrível Minotauro e foi exatamente o que ele fez. Ariadne apaixonou-se pela beleza e coragem do rapaz e deu a ele uma espada mágica e um grosso novelo de lã para que ele pudesse vencer os desafios do labirinto.
Teseu usou o novelo para demarcar o caminho que havia seguido para que depois pudesse encontrar a saída. Não tardou muito até que ele e o Minotauro se encontrassem, mas o que ninguém saberia anos depois ao ouvir o relato do herói era que não havia sido uma grande batalha. O monstro foi pego de surpresa e a espada que Teseu portava fez sua cabeça rolar rapidamente. Depois de vencido o monstro, Teseu encontrou todos os atenienses que haviam sobrevivido naquele ano e nos outros e os mostrou o caminho para saída.
Em homenagem ao feito do herói (ou a memória de seu filho) Zeus teria alçado aos céus a constelação de touro para que sua memória fosse lembrava e falada durante muitos anos.
Touro ainda seria um signo regido por Afrodite. Isso nos fala muito da sensualidade inata dos nativos de Touro e de sua busca pelos prazeres sensoriais, bem como sua criatividade. Possessivos e apegados a tudo e a todos que amam, taurinos e taurinas não negam sua ligação com a deusa do amor que podia fazer derreter o coração do homem mais bruto de todos.
Se Áries é a criança, Touro é a mãe, o que evidencia ainda mais o aspecto nutridor, sexual e fértil do signo. Touro é a mãe que gosta da casa arrumadinha e bem bonita. Se for uma casa luxuosa, melhor ainda. Quando ela sai e vê um vaso bonito em uma loja faz birra até consegui-lo e quando o consegue quer outro ainda melhor.
O taurino pode ser lento e teimoso, mas ele sempre busca pela estabilidade material como uma mãe que quer dar o melhor aos seus filhos e a si mesma. Isso torna o nativo de touro um pouco egoísta e egocêntrico, mas dono de um grande bom gosto e apaixonado pelo luxo. Os taurinos detestam mudanças bruscas em suas vidas e daí vem sua tendência a sentirem-se seguros quando possuem um lugar estável para chamar de seu. São ainda festeiros e participativos, mas não se deixe enganar pela aparência baladeira. Nativos de touro tendem a ser muito leais e a cumprirem sempre suas promessas.
←Leia aqui a história de Áries Leia sobre Gêmeos →
A corrida só cessou quando os dois chegaram a Creta. Zeus depositou a jovem sob um plátano e, tomando a forma de uma águia, violentou-a. Europa concebeu três filhos naquele dia e os chamou de Minos, Radamanto e Sarpedão. Criou as três crianças sozinha durante muito tempo, mas depois casou-se com um homem gentil que adotou seus filhos e os dois posteriormente se tornaram os reis de Creta.
Alguns anos depois, Zeus tornou a revê-la, mas não usou nenhum disfarce dessa vez. Foi a vez de Europa apaixonar-se perdidamente por ele e o buraco em seu coração deixado pelo deus nunca se fechou depois da partida do mesmo. Europa começou a definhar de amor e morreu pouco tempo depois. Comovido pela morte da mulher que um dia tanto amara, Zeus gravou um touro nas estrelas do céu para que sempre pudesse lembrar dela.
A versão do Minotauro
Minos era um príncipe jovem e muito ambicioso. Por ter sido o último de seus irmãos a nascer, temia nunca ter o direito de assumir o reino de Creta e para assegurar o seu direito ao trono fez um acordo com o deus Poseidon.
O deus aceitou a proposta e algumas semanas depois o pai e os irmãos mais velhos de Minos morreram em um desastre marinho que deixaram o príncipe como o único governante possível de seu povo. Em troca, Poseidon fez um belissímo touro branco surgir das ondas e exigiu que ele fosse sacrificado. Diante da beleza do animal, Minos se sentiu incapaz de matá-lo e preferiu conservá-lo, sacrificando outro touro qualquer do rebanho real para tentar enganar o deus.
Poseidon ficou tão furioso que decidiu se vingar de maneira cruel. Confederou com Afrodite, a deusa do amor, e a convenceu a fazer com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro e esquecesse de seu marido. A maldição caiu com uma luva e a ingênua rainha foi incapaz de conter sua paixão, mantendo relações sexuais com o touro.
Outra versão nos conta que Pasífae era a mulher mais bonita de Creta naquela época e por causa disso Zeus se apaixonou por ela. Como os bois eram os animais favoritos da rainha, Zeus se transformou em touro e a violentou. Independentemente da versão escolhida, Pasífae deu à luz a uma terrível criatura metade homem e metade touro alguns meses depois. A horrenda a criança recebeu o nome de Asteríon a princípio e quando cresceu ficou conhecida como Minotauro (Touro de Minos).
A visão de seu deformado filho se tornou tão pavorosa para Minos que ele pediu que o grande arquiteto Dédalo construísse um gigantesco labirinto sob o palácio real para aprisionar a criatura. O Minotauro ficou confinado lá até sua morte e várias canções da época cantavam sobre sua selvageria e o terrível hábito de se alimentar de carne humana.
O Minotauro não foi o único filho de Minos e Pasífae. A rainha ainda deu a seu marido mais dois filhos: o valente Androceu e a gentil Ariadne. Androceu foi morto pelos atenienses e Minos começou a exigir o sacrifício anual de sete jovens e sete donzelas para alimentar o Minotauro ou libertaria a fúria do monstro sobre a cidade de Atenas.
Em meio a terceira leva de jovens escolhidos como sacrifício estava Teseu. Teseu era ainda muito jovem, mas já era dono de uma valentia que ninguém possuía. Anunciava aos quatro ventos que mataria o terrível Minotauro e foi exatamente o que ele fez. Ariadne apaixonou-se pela beleza e coragem do rapaz e deu a ele uma espada mágica e um grosso novelo de lã para que ele pudesse vencer os desafios do labirinto.
Teseu usou o novelo para demarcar o caminho que havia seguido para que depois pudesse encontrar a saída. Não tardou muito até que ele e o Minotauro se encontrassem, mas o que ninguém saberia anos depois ao ouvir o relato do herói era que não havia sido uma grande batalha. O monstro foi pego de surpresa e a espada que Teseu portava fez sua cabeça rolar rapidamente. Depois de vencido o monstro, Teseu encontrou todos os atenienses que haviam sobrevivido naquele ano e nos outros e os mostrou o caminho para saída.
Em homenagem ao feito do herói (ou a memória de seu filho) Zeus teria alçado aos céus a constelação de touro para que sua memória fosse lembrava e falada durante muitos anos.
Touro ainda seria um signo regido por Afrodite. Isso nos fala muito da sensualidade inata dos nativos de Touro e de sua busca pelos prazeres sensoriais, bem como sua criatividade. Possessivos e apegados a tudo e a todos que amam, taurinos e taurinas não negam sua ligação com a deusa do amor que podia fazer derreter o coração do homem mais bruto de todos.
Se Áries é a criança, Touro é a mãe, o que evidencia ainda mais o aspecto nutridor, sexual e fértil do signo. Touro é a mãe que gosta da casa arrumadinha e bem bonita. Se for uma casa luxuosa, melhor ainda. Quando ela sai e vê um vaso bonito em uma loja faz birra até consegui-lo e quando o consegue quer outro ainda melhor.
O taurino pode ser lento e teimoso, mas ele sempre busca pela estabilidade material como uma mãe que quer dar o melhor aos seus filhos e a si mesma. Isso torna o nativo de touro um pouco egoísta e egocêntrico, mas dono de um grande bom gosto e apaixonado pelo luxo. Os taurinos detestam mudanças bruscas em suas vidas e daí vem sua tendência a sentirem-se seguros quando possuem um lugar estável para chamar de seu. São ainda festeiros e participativos, mas não se deixe enganar pela aparência baladeira. Nativos de touro tendem a ser muito leais e a cumprirem sempre suas promessas.
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