Seja em revistas, em programas de TV ou naquela coluna apertada do jornal, o horóscopo é algo rotineiro que se tornou bastante popular nas últimas décadas. Embora as predições da mídia pareçam bobinhas (e realmente o são) e mesmo que as pessoas que falem disso constantemente nas redes sociais possam irritar, a astrologia é um sistema antigo que antecede Cristo e que poucos hoje em dia realmente compreendem. Por meio de uma série de doze posts pretendo trazer à tona as histórias mitológicas por trás dos signos astrológicos. Neste post - o terceiro da série - falarei um pouco sobre a história de gêmeos. Acompanhe.
Leda era casada com o rei Tíndaro de Esparta e mãe de Helena de Tróia. Sua beleza não era tão lendária quanto a de sua filha, mas as duas eram igualmente exuberantes. Os cisnes eram seus animais favoritos e ela tinha o hábito de despir-se por completo e nadar com eles no pequeno lago do palácio onde vivia com seu marido. Em um desses banhos, Zeus a flagrou e se apaixonou pela beleza da jovem, decidindo prontamente possuí-la.
Para enganar sua ciumenta esposa, Zeus se metamorfoseou em um belo cisne e se juntou ao bando que cercava a rainha. Leda, maravilhada com a exuberância do animal, se aproximou para vê-lo de perto e lhe fazer carinho. A jovem rainha não esperava que se tratasse do rei do Olimpo e devido a aproximação descuidada foi violentada.
Há uma versão que diz que tal fato ocorreu no dia do casamento de Tíndaro e Leda, e durante a noite ele também a fecundou. Nove meses depois, Leda deu luz a dois ovos dos quais saíram seus filhos gêmeos, mas frutos de pais diferentes. A versão mais aceita, porém, admite que as duas crianças, chamadas Castor e Pólux, eram ambas filhas de Zeus e haviam nascido do mesmo ovo.
Desde pequenos eram queridos pelas pessoas e pelos deuses pela sua simpatia e alegria. Foram os filhos semideuses mais amados por Zeus por serem os únicos que o tratavam como pai e que se deixavam tratar como filhos. Hermes os instruiu nas artes e lhes falou sobre gloriosas lutas, plantando neles a semente da inteligência, da astúcia e da curiosidade. Vendo o potencial de seus filhos, Zeus os encaminhou para serem treinados por Quíron na arte da guerra e esse os orientou por muitos anos.
Ao crescerem, os dois garotos se transformaram em grandes guerreiros. Pólux era o mais forte e por isso havia se especializado em combate direto. Havia se tornado um exímio manejador de espada, mas sua habilidade com os cavalos não se comparava a de Castor. Castor era um brilhante cavaleiro e domador de cavalos, capaz de fazer com que o corcel mais selvagem o obedecesse e fosse montado.
A afeição dos dois só crescia com a idade. Era praticamente impossível vê-los separados e não havia nada mais importante para eles que o outro. Juntos participaram de muitos feitos mitológicos lendários da Grécia com tamanha honra que são lembrados até hoje.
Quando Teseu e seu leal companheiro e amigo Pírito raptaram Helena, Castor e Pólux juntaram um grupo e destemidamente conseguiram salvá-la. Seus maiores feitos, porém, estão relacionados ao seu período como argonautas (tripulantes do lendário navio Argo). Durante toda a viagem eles defenderam a nau com tamanho empenho que se sobressaíram na maioria das batalhas e sempre tentavam ao máximo divertir e animar seus colegas de bordo quando as coisas estavam suaves ou demasiadamente duras.
O mito mais famoso dos dois durante essa viagem nos conta que um dia a embarcação foi acometida por uma terrível tempestade. Orfeu, que acompanhava o grupo, sacou sua harpa e tocou até tocar o coração dos deuses da Samotrácia (ilha grega localizada no norte do mar Egeu) e serenar a tempestade. Quando o temporal cessou, estrelas radiantes brilharam sobre as cabeças dos gêmeos e após a sua morte eles passaram a ser celebrados como espíritos protetores dos marinheiros e das viagens marítimas.
No momento em que a jornada acabou, eles regressaram para sua terra natal e lá atuaram por muitos anos como defensores dos fracos e oprimidos. Ficaram conhecidos por toda terra como heróis gentis e amáveis que sempre estavam lá para quem precisasse deles.
Posteriormente, os dois conheceram duas belas irmãs chamadas Febe e Ilaira e se apaixonaram por elas. As duas jovens já estavam noivas, mas tal fato não teve muita importância no momento. Juntos os quatros fugiram e foram felizes pelo curto período em que tiveram paz. Logo os noivos das moças, Idas e Linceus, foram atrás de Castor e Pólux para tirar satisfação. Os quatro entraram em combate acirrado e os dois desafiantes foram derrotados a um preço terrível. Castor foi mortalmente ferido e não pode resistir. Pólux, inconsolável, tirou a própria vida para se unir ao irmão no Hades.
Há outra versão que diz que Castor foi morto durante uma das batalhas do Argo e Pólux suicidou-se pulando da amurada do navio por causa da falta que sentia do irmão. Enquanto Pólux se afogava no mar, rogou a Zeus para que o deus o permitisse tomar o lugar de seu gêmeo. O pedido foi aceito e os dois foram transformados em estrelas e alternavam seu lugar no céu. De dia um deles tinha permissão para descer a terra enquanto durante a noite o dia vinha nos visitar enquanto seu irmão assumia seu lugar. A versão mais aceita, no entanto, diz que Zeus honrou o sacrifício de seus filhos transformando-os em uma única constelação para que fossem sempre lembrados.
Gêmeos é ainda um signo regido por Hermes, por isso rege as mãos, instrumentos de talento, realização manual e de cura. Por se tratar de dois irmãos, gêmeos apresenta aspecto duplo, bastante complexo e contraditório (aquele boderline inerente que irrita todo mundo). Embora sejam mencionados como elegantes, os geminianos têm tendência a cometer erros por causa de sua imaturidade. Têm a felicidade, o egocentrismo, a criatividade e a inquietude das crianças. Se empolgam facilmente com novos projetos, mas não tem a constância para levá-los a cabo na maioria das vezes. Se cansam rápido das coisas e gostam sempre de se divertir.
Apesar de serem corteses, não hesitam em recorrer a mentira se for necessário. Gostam de receber afagos e atenção e tem tendência a se sentirem carentes. Gostam sempre de aprender e possuem ampla atividade mental, sendo enérgicos e irriquietos na grande maioria das vezes.
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Leda era casada com o rei Tíndaro de Esparta e mãe de Helena de Tróia. Sua beleza não era tão lendária quanto a de sua filha, mas as duas eram igualmente exuberantes. Os cisnes eram seus animais favoritos e ela tinha o hábito de despir-se por completo e nadar com eles no pequeno lago do palácio onde vivia com seu marido. Em um desses banhos, Zeus a flagrou e se apaixonou pela beleza da jovem, decidindo prontamente possuí-la.
Para enganar sua ciumenta esposa, Zeus se metamorfoseou em um belo cisne e se juntou ao bando que cercava a rainha. Leda, maravilhada com a exuberância do animal, se aproximou para vê-lo de perto e lhe fazer carinho. A jovem rainha não esperava que se tratasse do rei do Olimpo e devido a aproximação descuidada foi violentada.
Leda e o cisne |
Há uma versão que diz que tal fato ocorreu no dia do casamento de Tíndaro e Leda, e durante a noite ele também a fecundou. Nove meses depois, Leda deu luz a dois ovos dos quais saíram seus filhos gêmeos, mas frutos de pais diferentes. A versão mais aceita, porém, admite que as duas crianças, chamadas Castor e Pólux, eram ambas filhas de Zeus e haviam nascido do mesmo ovo.
Desde pequenos eram queridos pelas pessoas e pelos deuses pela sua simpatia e alegria. Foram os filhos semideuses mais amados por Zeus por serem os únicos que o tratavam como pai e que se deixavam tratar como filhos. Hermes os instruiu nas artes e lhes falou sobre gloriosas lutas, plantando neles a semente da inteligência, da astúcia e da curiosidade. Vendo o potencial de seus filhos, Zeus os encaminhou para serem treinados por Quíron na arte da guerra e esse os orientou por muitos anos.
Ao crescerem, os dois garotos se transformaram em grandes guerreiros. Pólux era o mais forte e por isso havia se especializado em combate direto. Havia se tornado um exímio manejador de espada, mas sua habilidade com os cavalos não se comparava a de Castor. Castor era um brilhante cavaleiro e domador de cavalos, capaz de fazer com que o corcel mais selvagem o obedecesse e fosse montado.
Castor e Pólux |
A afeição dos dois só crescia com a idade. Era praticamente impossível vê-los separados e não havia nada mais importante para eles que o outro. Juntos participaram de muitos feitos mitológicos lendários da Grécia com tamanha honra que são lembrados até hoje.
Quando Teseu e seu leal companheiro e amigo Pírito raptaram Helena, Castor e Pólux juntaram um grupo e destemidamente conseguiram salvá-la. Seus maiores feitos, porém, estão relacionados ao seu período como argonautas (tripulantes do lendário navio Argo). Durante toda a viagem eles defenderam a nau com tamanho empenho que se sobressaíram na maioria das batalhas e sempre tentavam ao máximo divertir e animar seus colegas de bordo quando as coisas estavam suaves ou demasiadamente duras.
O mito mais famoso dos dois durante essa viagem nos conta que um dia a embarcação foi acometida por uma terrível tempestade. Orfeu, que acompanhava o grupo, sacou sua harpa e tocou até tocar o coração dos deuses da Samotrácia (ilha grega localizada no norte do mar Egeu) e serenar a tempestade. Quando o temporal cessou, estrelas radiantes brilharam sobre as cabeças dos gêmeos e após a sua morte eles passaram a ser celebrados como espíritos protetores dos marinheiros e das viagens marítimas.
No momento em que a jornada acabou, eles regressaram para sua terra natal e lá atuaram por muitos anos como defensores dos fracos e oprimidos. Ficaram conhecidos por toda terra como heróis gentis e amáveis que sempre estavam lá para quem precisasse deles.
Posteriormente, os dois conheceram duas belas irmãs chamadas Febe e Ilaira e se apaixonaram por elas. As duas jovens já estavam noivas, mas tal fato não teve muita importância no momento. Juntos os quatros fugiram e foram felizes pelo curto período em que tiveram paz. Logo os noivos das moças, Idas e Linceus, foram atrás de Castor e Pólux para tirar satisfação. Os quatro entraram em combate acirrado e os dois desafiantes foram derrotados a um preço terrível. Castor foi mortalmente ferido e não pode resistir. Pólux, inconsolável, tirou a própria vida para se unir ao irmão no Hades.
Saga de Gêmeos, do anime Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seya) |
Há outra versão que diz que Castor foi morto durante uma das batalhas do Argo e Pólux suicidou-se pulando da amurada do navio por causa da falta que sentia do irmão. Enquanto Pólux se afogava no mar, rogou a Zeus para que o deus o permitisse tomar o lugar de seu gêmeo. O pedido foi aceito e os dois foram transformados em estrelas e alternavam seu lugar no céu. De dia um deles tinha permissão para descer a terra enquanto durante a noite o dia vinha nos visitar enquanto seu irmão assumia seu lugar. A versão mais aceita, no entanto, diz que Zeus honrou o sacrifício de seus filhos transformando-os em uma única constelação para que fossem sempre lembrados.
Gêmeos é ainda um signo regido por Hermes, por isso rege as mãos, instrumentos de talento, realização manual e de cura. Por se tratar de dois irmãos, gêmeos apresenta aspecto duplo, bastante complexo e contraditório (aquele boderline inerente que irrita todo mundo). Embora sejam mencionados como elegantes, os geminianos têm tendência a cometer erros por causa de sua imaturidade. Têm a felicidade, o egocentrismo, a criatividade e a inquietude das crianças. Se empolgam facilmente com novos projetos, mas não tem a constância para levá-los a cabo na maioria das vezes. Se cansam rápido das coisas e gostam sempre de se divertir.
Apesar de serem corteses, não hesitam em recorrer a mentira se for necessário. Gostam de receber afagos e atenção e tem tendência a se sentirem carentes. Gostam sempre de aprender e possuem ampla atividade mental, sendo enérgicos e irriquietos na grande maioria das vezes.
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