domingo, 12 de março de 2017

A Mitologia do Zodíaco: Sagitário

Zodíaco é uma palavra advinda do grego antigo que significa círculo de animais. Trata-se de um sistema utilizado pela astrologia para facilitar a compreensão das energias dos astros celestes e a forma como elas influenciam as nossas tendências de personalidade. No nono post da nossa série que trata sobre o aspecto mitológico por trás de cada signo zodiacal, falaremos sobre Sagitário e sua origem. Acompanhe abaixo. 




Filira era uma belíssima ninfa que levava seus dias colhendo flores e dançando pelos bosques com suas irmãs. Um dia, Cronos, que passeava pelos bosques que ela morava, se deparou com a sua beleza e jovialidade e automaticamente se apaixonou. Para que sua esposa Réia não descobrisse a traição, Cronos se metamorfoseou em um cavalo e violentou Filira (parece com alguém que vocês conhecem?), fugindo logo em seguida.

Nove meses depois a ninfa deu a luz a uma estranha criatura metade homem e metade cavalo. Horrorizada, Filira abandonou a criança no meio do mato e correu para o mais longe dela que seus pés permitiam. Quando caiu de cansaço, começou a chorar profundamente e clamou aos deuses para que a transformassem em uma coisa diferente do que ela era. Sua prece definitivamente alcançou os céus e sua forma automaticamente começou a mudar. Seu corpo se tornou rígido e seco e folhas começaram a brotar de seus dedos e cabelos. A bela ninfa havia se transformado em uma árvore chamada Tília.

O pequeno centauro que havia nascido da união da ninfa e do titã estava agora abandonado a sua própria sorte. O pai havia fugido e a mãe preferira a morte a cuidar dele. Imortal, por ser filho de Cronos, o bebê não padeceu nem de fome nem de frio. Apolo o encontrou após alguns dias largado no mato e se apiedou dele. Decidiu criar o pequeno centauro e o chamou de Quíron. Como seu pai adotivo, Apolo lhe passou todos os seus conhecimentos: artes, música, poesia, ética, filosofia, artes divinatórias e curativas, combates, ciência e muitos valores que Quíron levaria para o resto de sua vida.



Quando se tornou adulto, Quíron se transformou em um grande sábio, profeta e médico. Decidiu dedicar sua vida a transmitir seu conhecimento para quem o procurasse e os heróis gregos, como Hércules, Asclépio, Aquiles, Jasão, entre outros, foram seus principais pupilos juntamente com os filhos dos reis da Grécia. Devido a sua inteligência ser bem maior do que de outros centauros, acabou liderando seu povo em muitos aspectos. Ensinou a eles técnicas de luta e se tornou seu principal líder de guerra e os ensinou ética e filosofia para que se tornassem um povo mais civilizado. Transmitiu a eles conhecimentos de herbologia e medicina e a como curar ferimentos através da imposição de mãos. Devido as esses conhecimentos, o povo centauro se tornou reverenciado e importante depois.

Um dia, ele e Hércules foram convidados para o casamento da filha de um grande rei grego e os dois compareceram pontualmente. Tudo corria bem, mas logo os outros centauros começaram a ficar embriagados e a perseguir as mulheres, inclusive a noiva. Travou-se então uma batalha entre os centauros bêbados e os convidados, entre os quais estava Hércules, que disparava flechas na tentativa de conter a multidão ensandecida.

Uma dessas flechas, porém, acertou Quíron em cheio na perna. Todas as flechas de Hércules haviam sido embebidas no sangue da Hidra de Lerna (e sendo portanto venenosas), e como Quíron era imortal, a ferida seria incurável. Impotente diante do ocorrido, Quíron começou a sofrer profundamente por causa de sua ferida. Envergonhado por causa de sua própria dor, ele preferiu deixar a esposa e os filhos e se mudar para uma gruta no monte Pélion onde ninguém o veria sofrer.



Continuou transmitindo seus conhecimentos a todos que os procuravam, mas sua vida se tornava mais infernal a cada dia. Hércules, entristecido pelo que havia feito, decidiu consultar o Oráculo de Delfos em busca de uma forma de ajudar seu amigo e mestre. Foi lhe revelado que Quíron poderia sim ser liberto de seu sofrimento eterno desde que ele desse sua imortalidade para libertar o titã Prometeu, que havia roubado o fogo divino e dado a humanidade, e assumisse seu lugar no monte Cáucaso onde o fígado do mesmo era devorado todos os dias por um abutre.

Hércules foi imediatamente confederar com Quíron e o centauro assumiu a proposta. A viagem até o monte Cáucaso foi a coisa mais dolorosa que Quíron já fizera em toda vida, mas chegando lá ele renunciou em voz alta a sua imortalidade e assumiu o lugar de Prometeu na rocha em que ele estava acorrentado. O abutre rapidamente desceu dos céus e consumiu o fígado de Quíron, que agonizou por mais três dias antes de finalmente morrer.

Para honrar o sacrífico e a dor do centauro, Zeus transformou-o na constelação de Sagitário para que ele fosse sempre lembrado. 



Sagitário ainda é um signo regido por Zeus e isso justifica seu caráter expansivo. Sagitarianos costumam adorar aventuras e são donos de uma intelectualidade apurada, bom humor e piadas ruins características. São sinceros e simpáticos, e às vezes são tão otimistas que podem ser irresponsáveis. São descuidados e inquietos, mas adoram sua liberdade e aprender coisas novas. 

Não gostam muito de se preocupar com detalhes ou com qualquer outra coisa, mas isso não os torna menos cuidadosos com quem amam. São benevolentes e filantropos, apaixonados pela oportunidade de conhecer e ajudar. Costumam se dar bem como professores por serem sociáveis, magnéticos e agradáveis. Amam novos desafios e podem se comportar com certa hiperatividade, sempre buscando algo novo para fazer e aprender. Assim como Quíron, pessoas de Sagitário possuem uma natureza de professor e filósofo, e embora tentem achar o otimismo da vida, não hesitam em ficar sérios em situações específicas






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