Ishtar
Em 12 de fevereiro celebrava-se a data mesopotâmica da
deusa Ishtar. Ela era invocada nos julgamentos e decisões. Rege a lua e ao
mesmo tempo Vênus. Dois planetas fortemente ligados ao lado feminino.
Como guerreira destemida e como a sedutora em forma de
estrela vespertina.
Vênus é um astro que aparece ao amanhecer trazendo a
luz do sol e ao enoitecer, trazendo a luz da lua. Não é a toa que é um dos
espectros da beleza. Ela acompanhava Sinn, o deus da lua, que é o seu consorte.
Percorria todas as noites o céu, em uma carruagem puxada por bodes e/ou leões.
As constelações zodiacais eram conhecidas pelos árabes como Casas-da-Lua. O zodíaco, forma um círculo ao entorno da Terra. Esse círculo era conhecido como cinto, Cinto-de-Ishtar ou Cinturão-de-Ishtar. Vemos agora um novo aspecto dessa Deusa grandiosa, Ela não era apenas associada à Lua, à Vênus, mas também, todo o zodíaco, lhe pertence. O zodíaco, os 12 signos e/ou constelações são apenas o cinto de Ishtar. Nota-se a Grandeza dessa Deusa.
Ishtar
também é a deusa do tempo, pois o caminho do sol e da lua, pelo zodiaco, era e
é, usado para marcar o tempo.
No
quesito tempo, temos a agricultura, o momento certo de plantar e colher.
Mostrando uma face semelhante a de Deméter.
O
nome do consorte de Ishtar, Sinn, lembra o nome sinai que significa montanha da
lua. A primeira menção disso foi quando foram cativos pelo império babilônico.
Diz-se que nesse monte Moisés recebeu as tabuas da lei. Deus Sinn era um deus
legislador, representando a face de que Moisés muito possivelmente, tenha
absorvido parte do panteão local. Onde fez uma representação monoteísta de Sinn
e Ishtar. Mas isso é assunto pra outro dia...
Ela
carrega os atributos femininos de gerar e destruir.
Temos
em Vênus também, novamente, a deusa Afrodite da Grécia.
O
mito de Afrodite como nascida do mar origina-se de seu primeiro e principal
templo que ficava na costa oeste do Chipre.
Como
Afrodite temos:
-
Afrodite Urantia: Deusa do amor ideal
-
Afrodite Genetrix: Deusa do amor entre casados
-
Afrodite Porne: Deusa da prostituição.
Ainda
contamos com outras faces, como: Afrodite Empytbia ( deusa das covas e dos
mortos ) e também Vênus Armatha ( Vênus lotada de armas).
Deuses
e Deusas ligados com Vênus possuem muitos atributos peculiares.
Voltando a
Ishtar, Ela é ao mesmo tempo filha, irmã e esposa do Deus Lua (Sinn ou Tamuz).
Ishtar era
chamada Urikittu ou a Verde, a produtora de toda a vegetação. Seu símbolo era
uma árvore convencional, chamada Asera, que era venerada como se fosse a
própria deusa.
Ishtar foi
conhecida ainda como Grande Deusa Har, Mãe das Prostitutas. Sua alta
sacerdotisa, Harina, era considerada a soberana espiritual "da cidade de
Isthar". Antigo entalhe em uma parede de mármore retrata Isthar sentada à
beira de uma janela. Nessa típica pose da prostituta, ela é conhecida como
"Kilili Mushriti", ou "Kilili que se inclina para fora."
Diz ela: "Uma compassiva prostituta eu sou".
É associada e
sincretizada com a Deusa Suméria Inanna, com Astarte caanita, Astar na Arábia,
Estar na Abissínia, Stargatis na Síria.
As sacerdotisas
de Ishtar praticavam a prostituição sagrada como sacerdócio. Eram conhecidas
como Ishtaritu.
Nas celebrações
de lua cheia dedicada ao seu culto (chamadas Shapattu) as mulheres da
Babilônia, Suméria, Anatólia, Mesopotâmia e Levante levavam oferendas de velas,
flores, perfumes, mel e vinho para seus templos, cantavam-lhe hinos, dançavam
em sua homenagem e invocavam suas bênçãos para suas vidas, suas famílias e sua
comunidade.
Na juventude,
Ishtar amava Tamuz, o Deus da Colheita. Dizia-se que esse amor causara-lhe a
morte. Triste, a Deusa teria descido ao mundo dos espíritos na esperança de
salvar o amado. Em cada um dos portões que passava, deixava uma peça da sua
vestimenta. Quando chegou ao mundo dos espíritos, foi aprisionada por
Ereshkigal. Durante esse tempo em que ficou presa, nenhuma criatura na face da
terra deu à luz. Isso causou uma desolação no céu e na terra.
O pai de
Ishtar, Sinn, o Deus Lua, pediu então ajuda à Ea, Guardião da Sabedoria e
encarregado de velar pelo Destino, para salvá-la. Ea prepara um encantamento
que a Rainha do mundo dos espíritos se vê forçada a libertar Ishtar. A deusa
presa é aspergida com a água da vida e tendo recolhido suas roupas em cada um
dos portões, retornou para a liberdade.
O mais
importante festival em honra a Ishtar consistia na Celebração do Equinócio da
Primavera. Daí sua ligação com a Deusa Eostre.
Ishtar era
relacionada com nascentes e com o orvalho. O orvalho é símbolo de fertilidade,
e na Idade Média um banho de orvalho era frequentemente prescrito como feitiço
de amor. Mas, esta deusa, também ficou conhecida como Rainha-da-poeira,
Soberana-do-campo, Brilho-prateado, Produtora de sementes e Grávida.
As suas
representações a mostram como a mãe que segura os seios fartos, a virgem
guerreira, a insinuante sedutora, a sábia conselheira, a juíza imparcial.
Ishtar tem um
papel proeminente na Epopéia de Gilgamesh. Depois de Gilgamesh e seu amigo
Enkidu terem matado o demônio Humbaba, Ishtar aparece a Gilgamesh e lhe pede
para ser seu marido.
Gilgamesh
rejeita oferta de Ishtar, alegando que ela maltrata os seus ex-amantes e
perguntando por que com ele seria diferente.
Em fúria,
Ishtar pede para seu pai Anu, Deus do céu, para liberar o Touro do Céu para que
ele pudesse atacar Gilgamesh e vinga-la.
Anu hesita, mas
quando Ishtar ameaça para levantar todos os mortos do submundo, ele atende o
seu pedido. O Touro é solto, e depois de uma batalha feroz, Gilgamesh e Enkidu
conseguem matá-lo.
Ishtar fica em
frente as paredes da cidade lamentando, o que leva Enkidu a jogar a perna do
touro para ela, ameaçando fazer o mesmo com ela se ela se aproximar mais.
Isso é demais
para os deuses, que já estavam com raiva de Gilgamesh e Enkidu pela morte de
Humbaba. Eles decidem que Enkidu deve morrer, e Gilgamesh com a perda do amigo
aprende o que significa rejeitar os avanços de Ishtar.
A hostilidade
de Enkidu para com Ishtar tem outra raiz. No começo do Épico, Enkidu, que é
originalmente um homem selvagem, é "civilizado" por uma Hieródula do
Templo (prostituta sagrada).
O Nome Ishtar
significa "estrela", e ela também era conhecida como Istar, Estar,
Ishara, Ishhara, Astar, Atar, Attar, Athar, Athtar, Irnini, Absusu (em seu
papel como uma deusa da fertilidade), Abtagigi ("Ela Quem envia Mensagens
do Desejo"), Dilbah (como Vênus a estrela da manhã), Hanata (como
divindade guerreira), Kilili (como símbolo da mulher independente), Nanab
("A Rainha"), Nin Si Anna (" Senhora dos olhos do Céu"),
Sharrat Shame ("Rainha do Céu"), Ulsiga (um título de reverência que
significa "Ishtar do Céu e da Terra"), Zanaru ("Senhora da
Terra"), e Zib (como Vênus-noite estrela).
agradecimentos especiais ao blog bruxaria sem dogmas e o meu amigo Yuri, pela criação desse texto.
Bastante informativo, mas o texto do seu amigo tem cópia de partes dos textos publicados por Mirella Faur infelizmente sem dar o crédito.
ResponderExcluirInfelizmente, o texto também copia partes do livro Womb Awakening de Seren e Azra Bertrand, sem mencionar os créditos. Sou a tradutora oficial desse livro aqui no Brasil e pelo a gentileza de honrarmos os nossos mestres, creditando as citações. Grata.
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